esquisitinhos

Desde seu primeiro papel no cinema ("Ondas do Destino", de Lars Von Trier) ela sempre foi de escolher personagens que não batem bem da cabeça, ou possuem algum tipo de desvio de personalidade, salvo raras exceções.

Ele é o cara estranho de Hollywood, aquele que quando não é contratado pra encarnar um anti-herói malandro e anti-social em um filme B é chamado pra fazer uma ponta como coadjuvante ou vilão desajeitado.

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Na verdade, Tom Waits sempre interpreta "Tom Waits" nos filmes, algo que se situa entre o marujo bêbado sonhador e o ex-presidiário falido com cara de poucos amigos. Também se identificou? Pois é.

Só pelo fato dela ser esposa do weirdo-mor do cinema, Tim Burton, ela já teria lugar garantido na lista.
Mas suas atuações, salvo algumas comédias românticas e melodramas clichês aqui e acolá, sempre são cheias de mistério e estranheza, principalmente nos filmes dirigidos pelo maridão ("Peixe Grande", "Sweeney Todd").

Vilões sádicos e inescrupulosos, mas cheios de um senso de humor bizarro (como Jean-Baptiste Emanuel Zorg, de "O Quinto Elemento") são já meio que um carma desse ator. Isso sem falar na sua versão do Drácula, que arrepiaria até o próprio Bela Lugosi.

Na maioria de suas atuações, ela se infiltra na trama como uma espécie de coringa. E tem um jeito assustadoramente sinistro (a começar pelo anjo de "Constantine"), mesmo em seus papeis mais mamão-com-açúcar.

Estigmatizada como a vilã das vilãs, Bette Davis ainda arranjava estômago pra se divertir entre uma maldade e outra (até pra sorvetes de casquinha, como em "O que terá acontecido a Baby Jane?").

Ele sempre encarna tipos de meia-idade solitários e sociofóbicos: artistas mal-resolvidos (Harvey Pekar, de "Anti-herói Americano") ou ele mesmo, no filme "Almas à Venda".

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Ele está para a Globo assim como o Steve Buscemi pra Hollywood. Com algumas plumas, sotaques e outras excentricidades a mais.

Começando como a menininha estranha em filmes infantis de Halloween da Disney, ela sempre teve uma queda por interpretar o tipo freak, seja como uma maníaco-depressiva auto-destrutiva ("Geração Prozac") ou a garota com nariz de porco em "Penélope".

Só uma palavra: creeeeeeeeepy. Ainda mais naquela cena que ele dá uma carona pra Diante Keaton e Woody Allen em "Annie Hall". Medo.

Desajustadas, ninfomaníacas e loucas, loucas, loucas. Até nas novelas mais inocentes e clichês as personagens dela conseguem ser tantãs o suficiente pra desconcertar o público.

Impossível não lembrar (esqueçam o Frodo!) dos óculos brilhantes do personagem Kevin, de "Sin City". Vale lembrar também a sua caracterização nerd e meio autista do escritor Jonathan Safran Foer em "Uma Vida Iluminada".

A primeira vez que eu vi esse ator na TV (fazendo o Bentinho crescido, em "Capitu"), pensei: "que cara esquisito". E isso só foi confirmado depois de assistir "E afinal, o que querem as mulheres?"

O rei dos psicopatas, obssessivos e sado-masoquistas. Precisa dizer mais?

A começar pelo voz esganiçada, de taquara mesmo, e pelo fato dela ter conseguido caracterizar "A Murta que Geme" até melhor do que a própria personagem de J.K. Rowling.