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03x03 - Battlestar Galactica - Exodus -

Exodus - Part 1
(texto em portugues)
Graças aos deuses chegou o dia do terceiro episódio da terceira temporada, um episódio que no nome já anuncia uma seqüência, portanto o final com certeza nos deixa esperando muito pelo próximo episódio.
Logo de cara retomamos o final do episódio anterior, com Cally sendo libertada, e saindo correndo, e ouvimos os tiros ao longe, por um momento pensei que seria o fim anunciado de Laura, mas não foi dessa vez que a ex-presidente morreu, ainda bem, ela ainda tem grande importância na série e é uma das minhas personagens prediletas.
O episódio volta pra 1h antes, Tyrol recebe uma lista com o nome dos executados, a questão que surge é quem entregou a lista com o nome e as coordenadas que os presos seriam executados? Provavelmente Gaeta, já que ele é a fonte de Tyrol, como vimos nos episódios anteriores.
Cena muito inteligente foi o retorno a Shanon “Agathon” e Anders, ele diz “Engraçado, sinto que te vejo todos os dias”, e engraçado sinto que já ouvimos essa frase. Uma espécie de déjà vu do déjà vu de Anders. Graças à cobertura montada por ela, a vida de Anders e dos homens da resistência ali presentes, e quiçá da humanidade, foi salva, uma vez que se ela tivesse morrido o plano pra sair de Nova Caprica dificilmente funcionaria. E também os homens da resistência encontraram o mapa do local desenhado por Anders, com um dos cylons, deixando a traição de Ellen exposta.
Mais pra frente no episódio sua traição é revelada a Tigh, primeiro ele não acredita muito, mas depois sua mulher assume o que fez, deixando o Coronel de queixo caído. O que ele fará com o traste só vamos saber no próximo episódio.
Esse episódio não teve muita ação propriamente dita, mas teve cenas tensas, como Cally na linha de fogo entre centuriões e os homens da resistência, interessante ver que o Chief não priorizou a vida de sua mulher sobre a das várias pessoas presas, afinal a vida dela não vale mais do que a de dezenas de pessoas. E para quem não reparou quase todos os homens da Polícia de Nova Caprica morreram junto com os centuriões, porém Jammer conseguiu se salvar.
Como sempre tivemos uma cena com um escape humorístico, após Laura derrubar Tom tirando ele da linha de tiros, pergunta se esta tudo bem com o ex-terrorista após responder positivamente, Zarek brinca:
“Faz um tempo que não rolava com uma mulher no chão. Não é tão divertido como me lembro”.
Outra cena que ri muito também foi com a broxada do Gaius Baltar, tudo bem que nunca fui presidente e nem deixei a humanidade a mercê de robôs assassinos, mas isso nunca aconteceu comigo não, ao contrário do que disse a Caprica “Essas coisas acontecem”, acho que com uma “mulher” sexy como Caprica só estando muito estressado mesmo.
Cena interessante desse episódio foi também o irmão Cavil ter sido deixado pela resistência ali, no sol, sofrendo, esperando morrer pra poder fazer o download, que já é o seu terceiro, e descobrimos também que o cylon só não sofreu mais porque se suicidou, bom saber que os cylons sofrem cada vez que fazem um novo download, ou seja, matá-los não é desperdício. Pessoalmente fico feliz que eles sofram, pois o sofrimento que eles causam aos humanos é imenso e é bom sentir na pele, mesmo que de forma branda, a dor que eles causam.
O mais importante mostrado nesse episódio foi sem dúvida alguma a busca a criança híbrida Hera, a filha de Shanon e Helo, D’Anna teve sonhos premonitórios que resultaram na visita a um oráculo, apesar de já citados outras vezes na série nunca havíamos visto um, a cena de Selloi a oráculo foi interessante, a base de Kamala, aquela erva que a ex-presidente Laura usava pra tentar curar o seu câncer e tinha visões pra lá de misteriosas e estranhas, Selloi vendo o ceticismo avisa a cylon:
“É seu sonho que traz você até mim”
E após conquistar a crença e abalar a fé da número Três avisa ter uma mensagem dos deuses a D’Anna:
“Hera vive”
e termina a profecia avisando que D’Anna vai segurar a criança em seus braços e vai sentir o que é amor verdadeiro, mas que vai perder tudo que fez.
D’Anna acredita na mensagem e vai questionar Dr. Cottle sobre a morte da filha de Shanon, pergunta por que o médico cremou o corpo da criança, o médico diz que foram ordens da então presidente Laura, mas a cylon parece não acreditar muito. Uma frase que me fez pensar muito vem no decorrer dessa cena D’Anna após perguntar a Cottle se o paciente de que ele cuidava era cylon ou humano, depois antes de ir embora ela comenta sobre o sangue no jaleco do Dr.:
“Que coisa engraçada porque esse tipo de coisa parece igual pra mim”
é guerra sempre deixa seus feridos, e faz diferença de quem é o sangue?Vida sempre é vida não importa se de cylon ou humano, nem se de iraquiano ou americano, o sangue nunca deveria ser derramado a troco de nada.
Mas dessa cena fica outra questão, será que a profecia da Oráculo Selloi ira se cumprir? Essa parte religiosa, mítica, da história havia sido deixada de lado nesse inicio pros temas mais políticos, mas agora temos uma resgatada na mitologia de Battlestar Galactica, algo que particularmente me agrada muito.
Porém se depender de Laura, D’Anna não vai por suas mãos cylons sobre Hera nunca, a ex-presidente se reúne com Anders e deixa claro que eles devem ter cautela extra na proteção a Isis (Hera) e Maya sua mãe adotiva, e que em hipótese alguma a criança deve cair nas mãos dos cylons, o que resulta na pergunta de Anders:
“Até aonde você quer que eu vá?” se parecer que os cylons conseguiram capturar elas, Laura dá a entender que Anders deve matá-las pra que isso não ocorra, mas diz a ele apenas pra não os deixar chegarem a isso.
No núcleo que anda chato nesse inicio de temporada, graças aos deuses temos apenas uma cena, Kara passiva como nunca cuida da sua filha Kacey, a criança esta bem após o acidente na escada, mas Starbuck se sente culpada e se apega ainda mais a criança, nunca havia imaginado Kara como mãe. Um comentário aqui, a criança que faz a filha de Kara é realmente linda como a mãe.
Na Galactica vemos todos em um tom de enterro, deixando claro que a tentativa de resgate tem realmente pouquíssimas chances de dar certo, mas como todos confiam no Almirante a esperança ainda existe. Em uma cena emocionante vemos os tripulantes da Galactica e da Pegasus divididos, após uma prece, eles se abraçam, a despedida continua entre Adama e Apolo, muito emocionados pai e filho se abraçam e o Almirante sempre introvertido em seus sentimentos diz ao filho:
“Não me faça chorar no meu próprio hangar”.
Apesar dessa despedida em tom dramático acho que ninguém espera de fato que os roteiristas façam à tentativa de resgate dar errado, mas temo que morra algum personagem importante na tentativa.
No gabinete de Baltar um debate entre os cylons levanta a crueldade da humanidade em relação aos cylons, a conclusão que os cylons chegam é que aquilo não vale a pena. A discussão segue até que Baltar se irrita, será que finalmente ele se deu conta que ele é a escoria da humanidade, e que tudo aquilo é culpa dele? Baltar pede:
“Porque não atiram em mim”.
Mas pra minha infelicidade nenhum dos cylons se dispõe a tal.
Na seqüência Aaron Doral, o cylon de número cinco, chocado com as atitudes humanas, chega à solução dos problemas:
“Precisamos reprimir mais”
Mas os outros cylons percebem, finalmente, que isso não trará os resultados esperados, e sim mais ódio dos humanos, então seguindo sua linha de raciocínio Aaron diz:
“Sempre podemos jogar uma bomba atômica e acabar com tudo”.
Qualquer semelhança à mesma ideologia de estadunidenses e outros povos bélicistas não é mera coincidência.
Chegando ao fim os rebeldes de reúnem pra combinarem os ataques e os alvos, para quando a Galactica chegar os cylons estarem ocupados, Shanon se prepara pra conseguir as chaves de lançamento das naves, a cylon é hostilizada pelos humanos, que obviamente não sabem da importância daquela cylon em especial.
No momento de obter a chave Shanon se depara com D’Anna, como ela chegou ali naquele momento em especial? Suspeito que foi mais uma de suas premonições.
D’Anna rapidamente reconhece o modelo cylon como Shanon “Agathon”. As duas entram em um debate acalorado, D’Anna acusa Shanon de estar traindo seu próprio povo, escuta como resposta de Shanon que ela fez sua escolha, mas pra sua surpresa escuta:
“Hera está viva”.
com essa frase D’Anna apela pra que Shanon abaixe a arma e se una novamente aos cylons, Shanon começa a abaixar a arma...nesse momento eu fiquei muito tenso, achando que seria naquele momento que Shanon trairia a humanidade, por conta da sua filha, mas ela não acredita na número Três e só abaixou a arma pra atirar nos joelhos dela:
“O Almirante não iria mentir pra mim”.
Mas Shanon começa a ter duvidas, faz perguntas sobre a cremação a Tyrol, porém não entra a fundo nas questões, ela entrega as chaves de lançamento ao Chief e lhe parabeniza pelo nascimento de seu filho Nicholas.
Por fim temos Helo avisando Adama que Shanon conseguiu as chaves, e eles vão se preparar pro resgate, Adama faz um dos discursos mais emocionantes que já vi e termina com:
“Boa caçada”.
e agora só semana que vem.

Curiosidades do episódio:
• Apesar de demonstrar ser pouco religioso e às vezes adverso à religião a mãe do Chief era um Oráculo.
• O discurso de Adama que nos emociona no final do episódio e baseado em uma cena da peça “Henry V” (Henrique V) de Shakespeare aonde o rei Henrique motiva seu exército, em número inferior e desmotivado, a entrarem em batalha contra os franceses. Os ingleses vencem.

texto publicado originalmente em: www.teleseries.com.br
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Added by Lucas Gandalf Leal
17 years ago on 20 April 2007 05:06

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Lucas Gandalf Leal