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Review of Clash of the Titans

O que esperar de mais um blockbuster protagonizado por Sam Worthington e sua irrefutável ausência de humor ou carisma sem ainda poder contar com a qualidade imersiva dos recursos visuais tecnológicos que salvaram Avatar(2009)?

O arrebatador marketing do 3D, integrado a fita após as filmagens encerradas em 2D, é um artifício a mais na lista de promessas não entregues por “Fúria de Titãs”(2010). Não há Titãns. Pelos menos, não os originais do monte Olimpo, aliás a assustadora criatura maligna prometida durante todo filme é emprestada da mitologia nórdica. Tampouco há Fúria. Num longa calcado e anunciado nos efeitos especiais, o uso dos óculos, a necessidade em pagar a diferença para recebê-los no início da sessão, se une ao um roteiro descalcificado na leviandade.

Como marionetes dos deuses de Hollywood, Sam Avatar é o bastardo semideus Perseu, curiosamente o único não transfigurado pelos maquiadores para o período helênico com cabelos e barba desgrenhados como Liam Neeson: um Zeus que, na condição de emburrado com a nova pretensão autônoma dos humanos, convoca para assustar os mortais seu irmão das trevas: Ralph Fiennes, como Lord Voldemort, quer dizer, Hades. Na verdade não só atores como também as criaturas e paisagens são como entidades emprestadas de “Harry Potter” e “O Escorpião Rei”.

Ainda ganha algum destaque o guerreiro Draco, personificado com o charme e suas, então reveladas, pernas finas do dinamarquês Mads Mikkelsen, o sisudo Le Chiffre de Casino Royale(2006). Os outros personagens apenas compõem uma dessaborida confusão polimitológica orquestrada por Louis Letterier, aquele mesmo que cinco anos após uma enxurrada de críticas negativas para o Hulk(2003) de Ang Lee, conseguiu executar um fiasco ainda pior com o re-remake de 2008, igualmente recheado de atores de linha justificando resultados vergonhosos com cachês astronômicos. Em “…Titãs“, Letterier consegue arrancar apenas bocejos durante a apoteótica evocação de Zeus para o releaseamento do Kraken: momento “ah, já tá acabando o filme”.

Vibração e curiosidade são propriedades exclusivas do trailler, apesar de não fugir a condição de compilação das cenas aproveitáveis de “Clash of Titans”, há um frenesi fugaz. A sincronia das batidas na trilha majestosa com as garras de um gigante escorpião aguilhoando contra o solo é particularmente emocionante.

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Added by Nathalia Montecristo
13 years ago on 31 May 2010 20:16