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Sundance première

The Killer Inside Me (2010) teve polêmica e première em Sundace esta semana quando muitas pessoas deixaram a sessão indignadas durante a exibição do filme. O novo longa do inglês Michael Winterbottom é um remake baseado no conto homônimo de Jim Thompson lançado em 1952 que foi descrito por Stanley Kubric, que trabalhou com Thompson em The Killing(1956), como “provavelmente a mais fria e crível história em primeira pessoa de uma mente criminalmente distorcida que eu já encontrei” e introduzido como “um dos mais intransigentes romances policiais já escritos” numa antologia de contos policiais noir da década de 50.

Para os que ficaram na sala foi elogiada a ferocidade da performance de Casey Affleck interpretando um sociopata oculto por seu ordinário comportamento como o jovem xerife Lou, que dá espaço a sua verdadeira faceta sádica quando inicia um relacionamento com a prostituta Joyce Lakeland, papel de Jessica Alba. A princípio a violência é consensual mas culmina com Lou a espancando até que apareçam os ossos da sua face, num resultado descrito como “carne de hambúrguer” por outro personagem. Com Joyce em coma o xerife inicia uma série de assassinatos na tentativa de mascarar a verdadeira identidade do agressor até que começa a dar sinais de sua insanidade e torna-se suspeito. E Winterbottom mergulha com fidelidade na perversidade explorando o noir em sua forma mais obscura.

O diretor, que costuma alternar entre temas político-sociais como A Doutrina de Choque(2009), O Preço da Coragem(2007),The Road to Guantanamo(2006), In this World (2002), Welcome to Sarajevo (1997) ou relacionamentos em família e amorosos, Genova(2008),White or Without you (1999), I Want You (1998), Butterfly Kiss (1995), nunca deixando de lado a sexualidade, exaltado o sexo no explícito 9 Canções (2004), onde confessou ir ‘em oposto extremo ao puritanismo e recalque da indústria cinematográfica’, parece ter agora atingido novos extremos.

A polêmica tem seguido não apenas pela gratuidade da violência mas pela misoginia do protagonista quanto as cenas que enfatizam a tortura com que as vítimas mulheres são brutalizadas, como a personagem de Kate Hudson. Quando perguntado após a sessão sobre a reação de uma espectadora que saiu gritando “Nojento!”, Winterbottom após segundos de silêncio disse: “Próxima pergunta?”
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Added by Nathalia Montecristo
14 years ago on 27 January 2010 23:08