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The Limits of Jim Jarmusch.

2009 parece ter sido o ano de grandes diretores que, consagrados, permitiram-se mergulhar em seus estilos e, apesar das acusações de autoindulgência, realizaram grandes filmes transbordando em suas respectivas idiossincrasias: Los Abrazos Rotos, Inglorious Baterds, por exemplo, e The Limits of Control de Jim Jarmusch.

O diretor de Coffee and Cigarettes (2003) apresenta um longa impecável e exaustivamente estruturado num jogo de belíssimas simetrias e assimetrias arquitetônicas. A narrativa é linear porém nada convencional, onde a crua contemplação estética é exaltada pela ausência de trilha e até mesmo ruídos e sons de uma cidade como Madri, resultando em substanciosa sofisticação.

Assim como em seus anteriores Dead Man (1995) ou Broken Flowers (2005), um roteiro sobre uma iniciação, viagem ou jornada pessoal, e como em Ghost Dog (1999), o protagonista é um assassino negro que segue uma filosofia oriental. Isaach de Bakolé, com exímia silenciosa e compenetrante atuação, é o lobo solitário. Durante uma missão no “Velho Mundo”, é abordado, sempre com a mesma sentença, por diferentes personagens com quem troca caixinha se fósforos. Gael García, Tilda Swinton, John Hurt e Bill Murray são alguns nomes que figuram essas personas que, em suas breves aparições divagam sobre música, cinema, ciência ou artes.

Esses fugazes encontros ressonam ao longo do filme sob forma de canção, pinturas e imagens aliás, a trama em si é unicamente construída de uma série de espirais de simbolismos, aforismos, referência culturais e questões filosóficas enquanto a ilustre câmera de Jarmusch acompanha o protagonista em escadas rolantes do aeroporto, em sinuosas e labirínticas escadas dos hotéis na Espanha, seus ritos e ritmos habituais, e novamente no aeroporto, esse é The Limits of Control: abstrato, subjetivo e impecável. Glory to the Filmaker! como anunciou Takeshi Kitano.

9/10
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Added by Nathalia Montecristo
14 years ago on 16 December 2009 22:54