O filme segue a base de Bruxa de Blair como um suposto documentário e narrativa ‘caseira’, mas essa não-novidade não descontrói o suspense, nem o apelo aterrorizante de um contexto universalmente identificável, o lugar comum, objetos, os personagens, sem teorias além do cotidiano. Micah compra uma câmera e investe num aparato tecnológico na tentativa de registrar estranhas atividades que voltam q assombrar sua namorada, que relata um histórico prévio com alguma entidade sobrenatural. Portas batendo, ruídos estranhos e objetos derrubados sem explicação, Micah está disposto a registrar alguma atividade paranormal e mantém a câmera ligada 24 horas por dia acompanhando o casal.
A introdução de um agradecimento fictício a família de Micah e a polícia local criam a tensão necessária ainda que somente pela dúvida de se realmente tratarem de fatos reais. Outro fator é a exibição no cinema em si, ampliando os sentidos e o diretor estreante Oren Peli se aproveita disso induzindo para uma veracidade tal que por alguns momentos pensei seriamente em sair da sala tal foi o medo no decorrer das noites do casal; parece exagerado, mas esse conjunto de simples elementos funcionam bem nesta intensidade.
O final foi mudado para que deixasse margem à continuações, na verdade o único desvio é exatamente o último segundo, que assusta, mas escapa da atmosfera ‘comum’ e crível que é a grande fórmula de “Paranormal Activity“, que se tornou um dos mais lucrativos da história, já arrecadou mais de 60 milhões de dólares, sobre os míseros 15 mil da produção.