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Não entre em pânico!

O nome Douglas Adams é comum, à primeira vista - afinal, existem Douglas aos montes por aí. Eis que em 1952, nasceu Douglas Noel Adams, britânico, como muitos brincavam, o próprio D.N.A. (devido às iniciais do nome)! Além da fama que conquistou com as esquetes escritas para a série Monty Python, ele é o autor da famosa série "O Guia do Mochileiro das Galáxias".

Tudo começou com uma série radiofônica transmitida no Reino Unido. Logo, virou uma série contada em cinco livros.
Depois de muitos anos passando despercebido, resolvi conferir o primeiro volume. A história começa com Arthur Dent, um ser humano como outro qualquer, inglês, tentando impedir a demolição de sua casa para a construção de um desvio. Enquanto encontra-se deitado no gramado da própria casa, na frente da máquina que iniciaria a destruição da casa, é abordado pelo amigo Ford Prefect - um alienígena "disfarçado de humano" que está há 15 anos preso na Terra à espera de uma carona de volta à seu planeta. A estranha criatura critica a inutilidade do "protesto" de Arthur, afinal, em poucos minutos, o planeta Terra será destruído. O que esperar de um livro que começa com o possível fim do planeta?

A partir do momento em que Arthur e Ford conseguem uma carona numa nave Vogon, a aventura se intensifica e é difícil largar o livro antes do fim. Os personagens que aparecem nas páginas seguintes para acompanhar os principais são ótimos, e já é possível destacar uma das características mais importantes na escrita de Douglas Adams: seus personagens tem características marcantes, que facilitam a distinção entre um e outro. Ao descrevê-los, o autor mescla tudo aquilo que é comum à realidade dos seus leitores, com os fatores típicos do mundo que criou para a série.

Atrás de piadas inteligentes e citações relacionadas à física, Adams consegue colocar bem as críticas feitas à sociedade, e aí está outra vantagem do autor - são colocadas de forma tão bem humorada, que mesmo ao compará-las com a nossa realidade, damos risadas. Prova disso é um dos personagens, Marvin, um robô depressivo...seus desabafos, por mais tristes, chegam a ser engraçados. Zaphod Beeblebrox, outro personagem que aparece após o fim da Terra, é a personificação daquilo que muita gente pensa sobre os políticos do mundo. No livro, o autor mesmo cita a função do presidente no universo que criou - não é a de exercer poder, e sim, desviar a atenção do poder.O autor também aborda - e ironiza - os eternos questionamentos do ser humano: para quê serve a vida? Qual é o sentido de estar aqui? fato marcado pela busca da “resposta para a pergunta fundamental da vida, do universo, e tudo mais”.

Apesar de ser considerado um livro para nerds, recomendo a leitura àqueles que gostam de críticas bem feitas e boas sacadas. Apesar das citações relacionadas à física, que podem assustar num primeiro momento, O Guia do Mochileiro das Galáxias é uma boa companhia para se divertir com piadas inteligentes e aventuras inusitadas.


8/10
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Added by lidyaquino
14 years ago on 28 July 2009 14:42