O filme começa com a frase "Eu amo a América. A América fez minha fortuna.", isso já diz bastante sobre o filme que estamos por ver. Uma mistura de amor e sucesso. A luz dura sobre o rosto de Bonasera acrescenta um tom sombrio para o cenário, no caso o escritório (quase um consultório) do "Padrinho", onde acertos e acordos que determinam vidas e fama, se resolvem e se consumam com um beijo humilde na mão do personagem que cristalizou Marlon Brando para sempre, o eterno Vito Corleone.
O filme é recheado de estrelas, muitas das quais solidificaram suas carreiras justamente a partir dessa obra. A exemplo disso temos Al Pacino, Robert Duvall, Diane Keaton e James Caan, para citar apenas as do primeiro filme.
A música suave de Nino Rota (mais um ponto para a insistência de Coppola) ajuda a colorir muito romanticamente o enredo dramático do filme. É justamente essa contraposição de Thriller / Drama / Romance característica que separa Godfather da maioria dos filmes de máfia.
Coppola, pela adaptação sublime da obra de Mario Puzo, agregou a Máfia um estereótipo romântico que jamais conseguiria nem ser captado com a mesma força, nem ser derrubado em qualquer outro filme do gênero.
Godfather é um filme que nos permite e nos obriga a assistí-lo várias vezes. Sugiro fortemente a quem já assistiu, repetir a oportunidade conferindo os comentários do Diretor, presentes no DVD, é surpreendente!
10/10
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