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Review of The Last Temptation of Christ (1988)

A última tentação de Cristo é uma tentativa mais ou menos bem sucedida de Scorsese de tentar recriar as histórias do novo testamento de uma forma mais realista, realista em um nível herético e desrespeitoso, não digo que o filme seja inteiramente um ataque a religião cristã mas é notório um certo desprezo por parte de quem idealizou pela figura de Jesus Cristo, sendo esse filme baseado em um apócrifo que diz que Judas era íntimo de Cristo e forjaram tudo para que ele fosse crucificado. O apócrifo é evidentemente uma farsa forjada por grupos gnósticos que adoram subverter as religiões para os seus propósitos ritualísticos ou sei lá o que, é um filme que prega Cristo como um ser humano comum, com medos, desejos, aflições, ego e etc, não que o Cristo original carecesse de tudo isso, aqui a sua figura perde esse tom místico de bondade genuína e quase que o reduz a um idiota despreparado.

Ignorando o fato do filme ser propaganda gnóstica, o que há de realmente bom nele? Bueno, Scorsese não é um diretor medíocre, esteve sempre tentando revolucionar o cinema se preocupando mais em contar histórias do que meter duzentos efeitos especiais ou fanservice idiota que não agrega nada a história, obras como Taxi Driver ou Bons Companheiros estão entre seus mais grandes trabalhos. Geralmente suas histórias tem esse ar de tragédia shakespeariana com toques contemporâneos, história que me inclinam a gostar do autor por criticar certos aspectos do hedonismo, niilismo e etc. Como cristão é impossível não levar para o lado ofensivo já que contraria a nossa visão de como Cristo é, por outro lado ainda posso elogiar que o filme não gira em torno de atacar a sexualidade de Cristo, como outras aberrações, já que é a única coisa que os maconheiros comunistas de apartamento conseguem pensar.

O filme de Scorsese consegue ser mais um estudo de personagem que uma crítica a x ou y, aqui nos é apresentado um Jesus humanizado, quando digo humanizado é que este possui defeitos, erros e uma pá de coisas que se postas sob uma balança o faria perder esse título. Seu personagem é bastante psicológico e sua ênfase em ser mais humano termina criando um personagem sumamente complexo e seria bem próximo do que eu imaginaria para esses líderes místicos como Napoleão ou Zaratustra, é quase um retrato psicológico.

Sobre o filme em si, não é um mau filme, como eu já disse, Scorsese é um dos melhores se não o melhor diretor de filmes que já existiu, a ambientação do filme se vê medíocre pelo baixo orçamento, possui um toque experimental que não gosto, uma trilha sonora marcante e um desenvolvimento de personagem bastante competente abordando temas como os demônios internos, os medos, as aflições e coisas que são próximas de obras primas, pero nah, o transfundo de Jesus é competente e apenas, o restante dos personagens não possuem presença e colocar Judas como amigo de Jesus é um erro não por ser heresia mas por quebrar a lógica interna da situação, a forma com qual Judas é apegado a Cristo no filme faz parecer uma ação um tanto sem coesão.

Em resumo é um filme ok sem muitas ressalvas fora ser propaganda gnóstica

5/10

VIVA CRISTO REI!
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Added by Magnifik
2 years ago on 27 July 2022 10:22

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dexfutur