Um filme correto. Nisso se pode resumir "A Rainha", filme de Stephen Frears, também diretor do cult "Alta Fidelidade". O longa mostra a semana depois da morte da princesa Diana. Mostra como foi o comportamento político e social diante do trágico acontecimento.
O filme é correto pois a técnica é eficaz. A fotografia do filme é correta, as atuações do filme são corretas, a trilha sonora do filme é correta, o figurino também é correto. Contudo, a impecável estética esconde uma história mal desenrolada, sem grandes cenas que não empolgam, não emocionam, não intrigam, nem prendem nossa atenção. Uma trama que, sem uma direção firme, acaba por cair no marasmo.
Helen Mirren, como Elizabeth II (a tal rainha do título), está ótima. Sua atuação, que lhe rendeu um Oscar de Melhor Atriz, convence e encanta. Sua elegância como Rainha Elizabeth II é indiscutível, dígna de Oscar. A atuação mais competente da fita. Mas também temos Michael Sheen, como o primeiro-ministro britânico Tony Blair, numa honrosa atuação. Em certas cenas, ele brilha e se destaca. E é a única atuação que exala sentimento.
De resto, "A Rainha" é um filme que tinha tudo para dar certo, mas caba não dando e ainda não diz nada. E não ligue se você dormir durante a sessão. É completamente compreensivo.
7/10