Los Angeles, março de 1928. Christine Collins (Angelina Jolie) é uma mãe que tem seu filho desaparecido. Quando a polícia anuncia que seu filho foi achado, ela anuncia que a criança não é o seu herdeiro de sangue. É nisso que se baseia "A Troca", filme do ator e diretor Clint Eastwood.
Clint Eastwood, como diretor, sempre foi correto. Ao contrário da grande maioria, eu não achei "Menina de Ouro" um filme espetacular, mas sim "Sobre Meninos e Lobos". Este sim é um longa excepcional, um dos melhores do ano. Agora com "A Troca", Clint nos mostra um longa com carga dramática pesada que, volta e meia, deixa a desejar.
O que mais atrai e enche os olhos em "A Troca" é, sem sombra de dúvida, a atuação mais que competente e convincente de Angelina Jolie. Jolie que sabe chorar, mas também expressar a dor e resignação de Christine no silêncio. Qualquer prêmio que Angelina Jolie ganhar por sua contribuição para "A Troca" é mais que merecido.
Outro grande atrativo do filme é a parte técnica. A ótima fotografia cria uma L.A. em tons pastéis que lembram “Chinatown”. Fotografia esta que entrega cenas belíssimas. A cena em que ela mede a altura do seu 'falso filho', em que a metade de seu rosto fica completamente escuro, é sublime. No entanto, a trilha sonora fraca e pouco envolvente faz "A Troca" perder todo seu charme como filme dos anos 20/30.
Apesar de alguns erros de narrativa, Clint Eastwood nos entrega um bom filme que prova que ele é quem é porque merece. E prova também que Angelina Jolie, junto de sua beleza hipnótica, é uma das melhores atrizes de hoje e, indiscutivelmente, o que há de melhor em "A Troca".
8/10