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Além de cantor sublime e excelente compositor, dá pra dizer que Tim Maia foi também uma espécie de rei da “falcatrua” na MPB. São histórias e mais histórias, envolvendo o artista e seu jeito peculiar de embaraçar e desembaraçar situações a fim de conseguir exatamente aquilo que desejava. Nem todas estavam relacionadas à música, é bem verdade. Várias delas ganharam as páginas de Vale Tudo – O Som e a Fúria de Tim Maia, escrito pelo jornalista e produtor Nelson Motta. Recentemente, num caso de pura coincidência ou sabe-se lá dessas uniões espirituais que nem mesmo um Tim Maia prá lá de racional ousaria
Além de cantor sublime e excelente compositor, dá pra dizer que Tim Maia foi também uma espécie de rei da “falcatrua” na MPB. São histórias e mais histórias, envolvendo o artista e seu jeito peculiar de embaraçar e desembaraçar situações a fim de conseguir exatamente aquilo que desejava. Nem todas estavam relacionadas à música, é bem verdade. Várias delas ganharam as páginas de Vale Tudo – O Som e a Fúria de Tim Maia, escrito pelo jornalista e produtor Nelson Motta. Recentemente, num caso de pura coincidência ou sabe-se lá dessas uniões espirituais que nem mesmo um Tim Maia prá lá de racional ousaria descrever; Nelson Motta acabou envolvendo “o artista” numa nova Falcatrua. Com “F” maiúsculo porque longe de qualquer conotação pejorativa Falcatrua, aqui, é a banda mineira que topou com Nelson, no lançamento de Vale Tudo, em Belo Horizonte, e aproveitou para tocar algumas das músicas do “síndico” com muita propriedade; sem ter que apelar para o manjado pout-pourri que bandas de baile sempre sacariam nesse tipo de ocasião, emendando somente meia dúzia de super sucessos do cantor. Curiosamente o pessoal do Falcatrua nunca quis sossego, nem quando passou a detonar em seus shows uma versão poderosa feita justamente para a canção nada sossegada, ao contrário disto, cheia de inquietude, composta por Tim Maia. Muito menos agora, quando precisou partir com todo o gás rumo à produção de um projeto especial sob a direção artística de ninguém menos que o já citado Nelson Motta(um verdadeiro Midas da mpb), abarcando uma dezena de composições de um sujeito controverso como Sebastião Rodrigues Maia. Tão logo o músico Gleison Túlio chegou para tomar conta das guitarras, o também guitarrista (e produtor) John Ulhoa (Pato Fu), escalado para produzir o trabalho, pôde finalmente procurar as texturas sonoras perfeitas para essa trilha – a começar pela gravação de “Não Vou Ficar”. A canção que ajudou a dar novos contornos profissionais à carreira do rei Roberto, no fim da década de sessenta, ressurge agora com arranjo ‘disco rock’! Pesado, sem sacrificar o balanço, dançante sem perder o vigor. Mais conceito do que rótulo, mais pegada que conceito, é exatamente a pulsação ‘disco rock’ que turbina a Tim(em)balada do Falcatrua. A faixa-título Vou Com Gás e outras mostram algumas mudanças de marcha, nunca de atitude, pois o destino do grupo, mais do que alcançar o sucesso, (ou, no caso do projeto em questão, fazer um tributo), é nunca perder a sintonia com a boa música e todos que buscam esta mesma freqüência. Devidamente sintonizados, todos os nomes de peso envolvidos nessa missão nos convidam a brindar e celebrar tin tin por Tim Tim uma armação sonora, quer dizer, uma Falcatrua das melhores, proporcional ao apetite musical do saudoso homenageado. Falcatrua – Vou Com Gás Direção Artística – Nelson Motta / Produção – John Ulhoa (por Terence Machado)
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