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An average movie

Posted : 12 years, 4 months ago on 13 December 2011 11:00

Back in the 90's, when I was pretty much starting to discover the greatest treasures  in motion picture history, Ken Loach was definitely one of my favorite directors but, even though by now I have been following him for about 20 years, I have to admit that it has been a while since he really impressed me. Basically, Loach has always been famous for his heavy social dramas but, this time, he tried some lighter material which might have seemed, at least to him, like a good idea. Unfortunately, even though I really wanted to like this flick, I must admit it was his most unfocused feature I have seen so far. Indeed, they mixed some social drama with some romance, some comedy and even some fantasy and you had some gangsters, some joints, some depression, some football, an ex-wife and of course, Eric Cantona. Honestly, I wasn't convinced by this mix but I still enjoyed the performances (even Eric Cantona was pretty good) and some of the characters were just hilarious. But, as I said before, they just mixed everything together and, in my opinion, the end-result was rather half-baked. Still, a movie directed by Ken Loach is always worth a look and this flick was not an exception.



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Parábola das Gaivotas

Posted : 14 years, 5 months ago on 29 November 2009 05:26

Aos 73 anos, o diretor inglês Ken Loach apresenta um filme delicioso de assistir; transitando entre a depressão, a violência, a lealdade, os laços de parentesco, expectativas e desilusões, complacência e redenção com incrível frescor. As asperezas e as “lembranças mais bonitas” da vida são traduzidas por Loach com ritmo equilibrado sem excesso de recursos cinematográficos para o induzir o espectador e permite os créditos de “Looking for Eric“(2009) para o roteiro de Paul Laverty.

A trama é bem elaborada, despretensiosa e sem fatalidade de gênero. Refrescante e original, faz rir, emocionar, envolver-se, apreciar, e refletir; refletir sobre seu próprio cotidiano, escolhas, erros e acertos: é impossível não reponder instantâneamente à retóricas como “Quando foi a última vez que você foi feliz?” e “Você já fez algo que se envergonhasse ?”, assim como outras máximas do personagem Eric Cantona, interpretado graciosamente pelo próprio jogador de futebol.

Cantona aparece como ícone de autoconfiança, sucesso e realização pessoal para o protagonista: um ex-dançarino de rock que abandona sua primeira mulher com um bebê quando jovem e que, anos após ser deixado pela segunda esposa, encontra-se frustrado com seu emprego de carteiro e a permissividade cultivada pelos dois enteados. Eric tem como momentos escapistas da mediocridade e insatisfação, as vibrantes partidas de futebol, a euforia e extase que seu ídolo francês proporcionou em sua brilhante passagem pelo Manchester United. O filme alterna ficção com os belos lances reais executados por Cantona, o que deleita espectadores amantes do futebol e deixa o filme mais dinâmico e fácil de gostar.

A partir daí Cantona é um ‘personal motivador’ com suas máximas, frases de efeito, e toda cartilha que poderia ser enxugada de qualquer e todo livro de autoajuda. Começando pelas mais simples decisões como barbear-se e a cada passo entrar mais fundo nas questões individuais escondidas, guardadas ou bloqueadas e libertando esses fantasmas e recuperar o poder de mudar, ao menos, o universo pessoal. no caso de Eric, a relação reconstruída com a mãe de sua filha, a redenção de seus enteados, os riscos assumidos que se tornam possibilidades e a valorização e lealdade dos amigos próximos. Saímos da sessão entretidos e certamente mais otimistas.

Quem conferir o longa pode aguardar nos créditos finais a verídica “parábola das gaivotas” evocada pelo ex-jogador numa coletiva de imprensa, fato que inspirou sagazmente o roteirista indiano.


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