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À margem da própria humanidade

Posted : 13 years, 1 month ago on 25 March 2011 09:34

O Agente, a Voz, a Esposa e o Maestro. Quatro personagens foram suficientes para construir a narrativa da segunda obra de Lourenço Mutarelli, O Natimorto. O autor desenvolve com destreza uma história fora do convencional em forma e contexto, expondo fragmentos semelhantes às poesias, como se fossem oriundos de um texto teatral.

O contato prematuro com a narrativa do Agente mesclada aos diálogos é suficiente para constatar a genialidade do escritor ao designar os elementos da história. O Agente apropria as imagens com mensagens antifumo em maços de cigarro – ele interpreta as fotografias como cartas de tarô – utilizando por base o conhecimento sobre carteado, obtido com a tia que o criou.

Ele envolve uma jovem cantora com as tentativas de prever o futuro por meio dessas interpretações. A Voz, recém chegada à cidade e carregando a expectativa pelo reconhecimento de seu talento, canta com tamanha beleza e candura a ponto de tornar-se inaudível. O Agente, cansado de lidar com a sensação de invisibilidade perto àqueles de sua convivência, a impotência e a traição da mulher, encontra alento na Voz. Atenta às histórias, ela é, em um primeiro momento, a personificação da pureza e perfeição não mais encontrada por ele na sociedade.

Em um misto de encanto, loucura e fuga a um mundo onde as mazelas são predominantes, a personagem central faz-lhe uma proposta – isolar-se com ele no hotel onde ela se hospeda. E ali viver, sem a necessidade de recorrer ao mundo pecaminoso. Mas o desafio que num primeiro instante a instiga, revela-se agonizante com a convivência diária.

[Leia o restante no blog]


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