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A Falta de Beleza no Mundo

Posted : 1 year, 8 months ago on 18 August 2022 09:01

Falar desse livro é como pisar em ovos porque não é como se tratasse de algo puramente fictício já que carrega consigo elementos autobiográficos de modo que poderia soar arrogante ou mesmo pretensioso da minha parte dizer o que está mau ou errado com certos trechos. A redoma de Vidro é mais um desses livros focados em um só personagem divagando sobre seus pensamentos ao mesmo tempo que narra partes da vida, igual como O lobo da Estepe(cansei de citar memórias do subsolo) aqui entramos em contato com Esther Greenwood uma personagem bastante peculiar que nada mais é que o retrato da autora de si mesma sendo uma auto inserção em toda a regra, narrando como está gradualmente submergindo em problemas emocionais graves ao ponto de afetar a sua própria sanidade, é um livro para lá de pesado e trata de temas dos quais requer do leitor uma certa cautela, não chega a ser tão mórbido como Memórias do Subsolo mas pode causar um certo desconforto pelo sofrimento emocional da protagonista.

Esther é uma personagem bem similar a Holden Caulfield de O Apanhador no campo de centeio, ou seja, é uma personagem bastante cínica que não consegue ver beleza em nada e está constantemente julgando e menosprezando tudo, em parte é reflexo do próprio estado psicológico da autora, esse aliás foi o único trabalho completo dela já que a mesma cometeu suicídio tempos depois. Algo que dá um tom mais mórbido a esse livro, deixando mais como uma carta de socorro que qualquer outra coisa. Devo salientar que de jeito algum estou menosprezando o sofrimento ou os sentimentos que a autora passou mas proponho aqui em vez disso uma análise crítica em relação a mensagem e o desenvolvimento da história, sua intimidade sobre o tema da depressão e algumas observações.

Bom, A redoma de Vidro é sem dúvidas um livro forte mas que infelizmente carrega vários erros comuns a esse tipo de narrativa, o primeiro é, o mais óbvio, o ritmo, simplesmente parece não progredir em vários partes, carece de um objetivo fixo se concentrando mais em como Esther está quebrada emocionalmente o que poderia ser genial para explorar temas e se aproximar de uma exploração psicológica e até existencial mas nop, simplesmente é um relato para lá de mundano já que boa parte do livro é sobre Esther manifestando sua visão de mundo, sendo um misto de feminismo com cinismo niilista, a protagonista é alguém notoriamente amarga e desiludida com a vida, sendo até desagradável em várias ocasiões, incapaz de ver beleza nem sentido em nada é tomada por acessos de loucura e contradição que torna as coisas ainda mais difíceis de conectar. Os temas sobre depressão e suicídio são explorados um tanto que indiretamente já que boa parte do livro conta com Esther descrevendo as coisas com excesso desnecessário de detalhes.

Outro ponto negativo é em relação a exploração temática que digamos assim é bastante pobre, quer dizer o livro não é nada conclusivo, não nos dá nenhuma grande reflexão sobre o tema da depressão, não nos oferece nenhuma perspectiva nem contraponto é simplesmente transtorno psicológico por transtorno psicológico, não há nenhuma mensagem valiosa ou algo que ressaltar, esse é o problema central do livro, a obra de Hesse por exemplo abordava o tema do escapismo, a obra de Dostoyevsky abordava os problemas do niilismo, a de Hamsun a temática da fome e do orgulho, cada um se especializou em algo, o que é um contraste bastante grande em relação a obra de Silvia sinceramente é um dos motivos pelo qual não recomendo esse livro. a depressão de Sylvia afetou tanto a sua escrita que a impediu de chegar além. A protagonista(novamente) é bastante desagradável em ocasiões chegando a criticar um ato de alguém e logo em seguida cometer esse mesmo ato, realmente difícil de conectar e parece por vezes que a autora deseja causar essa impressão.

Em conclusão, não recomendo esse livro pelos erros e pela falta de conteúdo superior, o que houve com a autora foi realmente lamentável e nos mostra a fina linha que nos separa do colossal abismo que é a nossa mente. Finalizo com a reflexão de que devemos remodelar nossas percepções sobre o mundo, ressignificando as coisas e se esforçando para ver o valor e a beleza das coisas da vida para não cairmos na apatia e no cinismo, perdendo o brilho da vitalidade e caindo em pensamentos mesquinhos e autodestrutivos. Como cristão eu posso sugerir uma aproximação com a fé, uma mentalidade mais simples, humildade e em especial o amor ao próximo, não ver a si mesmo como o centro do universo já que isso leva a uma indiferença em relação aos outros, provocando um individualismo que aliena o indivíduo da sociedade, é uma das razões pela qual não compactuo com as obras de Stirner e Nietzche;

5/10


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Not her best work.

Posted : 17 years, 6 months ago on 20 October 2006 05:31

I was disappointed in the book, not that it wasn’t brilliant - because it was. It’s just - this was the vaguely fictionalised novelisation of Plath’s life. I thought it’d be different - more emotional, more detailed. Written by a writer of her calibre, it seemed very bland.

The book starts out while she’s on a working holiday in New York. This is perhaps my favourite part of the book. After it’s over, she goes home, has a ‘nervous breakdown’ and then is shipped off to a mental hospital. While I know that it’s her life and of course not boring, there are other authors who have written the transition better - Susanna Kaysen’s Girl, Interrupted and Elizabeth Wurtzel’s Prozac Nation spring instantly to mind.

Perhaps the most interesting part of the book is the drama that unfolded regarding its publication.

The Bell Jar was first published in January 1963, a short time before her death. Unfortunately, the factors that drove her to suicide were already there - her marriage to Ted Hughes was failing, she was poor, and - during the worst British winter in ages - she and her two children had moved into a bare flat. She would commit suicide a few weeks later, on February 11th.

Because of the autobiographical factors in The Bell Jar, the printing before her death was limited to only overseas distribution and it was even under an assumed name. Hughes, who had inherited the copyrights after her death, had promised Sylvia’s mother that the book wouldn’t be printed in America until after the matron died. However, due to some copyright issues, publication was forced in 1971. Some wonder if the book would ever have reached American readers if not for her untimely and premature death.


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